sábado, 23 de setembro de 2017

(PRM) em Sofala foram forçadas a repelir cidadãos que portando facas

Membros da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Sofala foram forçadas a repelir cidadãos que portando facas, catanas e outros instrumentos contundentes pretendiam retalhar a baleia azul, que morreu domingo último, depois de dois dias de agonia na praia dos Biques, no Macuti, na cidade da Beira. A baleia, com mais de 30 toneladas, apareceu naquela praia no fim do dia da passada sexta-feira. O animal apresentava ferimentos no seu corpo que se supõem terem sido causados por algum embate com os navios que se fazem com frequência ao porto da Beira A morte daquele mamífero aconteceu depois de goradas as tentativas de devolvê-lo ao mar. A batalha de salvar o animal teve menor impetuosidade do que a travada para retaliar depois de morto. A polícia teve de se reforçar para dispersar as pessoas. Nem com ameaças de disparos se recuava porque o desejo pela carne do animal raro era maior. Um cordão de segurança foi criado enquanto uma embarcação era mobilizada para efectuar o reboque do animal. O director provincial do Mar, Águas interiores e Pescas, Carlos Sendela, disse que o reboque do animal morto para o alto mar foi uma medida de prevenção para que as pessoas não consumissem a carne cuja causa da morte se desconhece. No entanto, os populares que perderam a referida carne referiram haver algo escondido por detrás do impedimento. Muitas especulações foram levantadas. Algumas das quais que a carne foi vendida a uma firma de fabrico de conservas. Dauto Esmail Tinde, um dos cidadãos que trazia duas bacias e um machado, achou estranha a atitude das autoridades em devolver ao mar o animal morto. “Porque é que não querem que a gente consuma o animal. É papel deles fazer testes e concluir que é ou não bom para o consumo humano. Noutros países a carne é consumida. Se a carne apareceu aqui é uma dádiva de Deus. Parece-me que esta carne foi vendida lá na Ásia para fazer sardinha, porque não é possível que se gaste combustível de uma embarca- ção para deitar um animal que podia muito bem ser consumido”, lamentou o nosso interlocutor. O director do Mar, Águas interiores e Pescas, Carlos Sendela, disse que o animal foi destruído no alto mar para servir de alimento para outros peixes. Justificou ter sido imperiosa a decisão de se excluir a alimentação pública para o seu bem.

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