quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Disputa de terra leva à detenção e manifestação popular no comando da PRM


Disputa de terra leva à detenção e manifestação popular no comando da PRM
Cerca de 30 cabanas e casas de alvenaria foram destruídas no bairro Fafetine, distrito de Marracuene, na província de Maputo. Em causa está a disputa de uma área de 91 hectares, supostamente pertencentes a uma empresa de produção agropecuária, denominada Sunset Land mas que está, há anos, sem ser aproveitada.
A população explica que as casas começaram a ser erguidas há dois meses, por desconhecidos provenientes de outras áreas, sem o conhecimento da comunidade circunvizinha, autoridades do bairro ou do Governo do distrito de Marracuene. Temendo a usurpação da parcela onde aproveitam a lenha da mata existente e o aumento de casos de assalto e violação sexual – já relatados – a população incendiou e destruiu as construções no local.
Obras queimadas, casas e material de construção destruídos foi o que o “O País” encontrou esta quarta-feira no terreno, dois dias após a acção. Em consequência disso, um homem está detido nas celas da Polícia da República de Moçambique no distrito de Marracuene, acusado de ser um dos integrantes do grupo de “vandalizou” as construções. Trata-se de um das duas únicas pessoas reconhecida durante a acção. Entretanto, a detenção não agradou aos residentes de Fafetine que manifestaram-se defronte do Comando Distrital da PRM, reivindicando a libertação do homem.
“Ao invés de se deter esses invasores, foi se deter uma pessoa inocente, que é um dos protectores do legítimo dono que é o senhor Micas”, reclamou Estevão Chivindze, Secretário-adjunto do bairro. Estevão partilha que na qualidade de autoridade local não chegou de ser contactado pelo grupo que além de levantar obra no espaço em disputa, parcelou a área e alugou um bulldozer para abrir ruas.
O proprietário do título diz ter uma relação saudável com a população e acusa o comandante distrital de conivência com o grupo que invadiu o espaço. Contactado, o comandante distrital remeteu-nos ao comando provincial da Polícia que promete pronunciar-se, esta quinta-feira, sobre o assunto.
 

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