ZECA CALIATE, A VOZ DA VERDADE - QUARENTA E TRÊS ANOS DA INDEPENDÊNCIA DE MOÇAMBIQUE - HOJE A FRELIMO TENTA RECONSTRUIR O QUE DESTRUIU COM AS PRÓPRIAS MÃOS AO LONGO DOS ANOS
DOIS MESES DEPOIS, ZECA CALIATE, A VOZ DA VERDADE, REGRESSA AO TRABALHO
Não há ninguém que saiba melhor da Frelimo, por aquilo que eu e outros companheiros fizemos durante os anos percorridos e foram km e km ao longo dos dez anos de combate contra o regime colonial, foi uma experiência e tarefa árdua que a luta armada pela Independência Nacional nos empunha e infelizmente ninguém reconheceu desse trabalho todo e quando a situação mudou de rumo, em 1966/70 e 1974, Samora Machel em colaboração com seu grupo e muitos deles ainda vivos, decidiram transformar aquela Organização de Libertação do povo de Moçambique para impor uma ideologia marxista no seio do Partido, apenas para satisfazer seu caprichos e não de interesse Nacional, prontamente esse grupo deram outro nome de uma Frelimo “ RENOVADA”, esta problema não foi anunciada com receio de serem condenados pela Organização da Unidade Africana e outras instituições que na altura apoiavam a luta armada pela Independência Nacional, esse plano macabro e malfeitor de Machel e seus cúmplices, não só visava eliminar fisicamente outros compatriotas que se batiam ferozmente na luta contra o sistema colonial, ao mesmo tempo que a PIDE, estava apoiava esse da Frelimo para eliminar outros nacionalistas, porque o grupo de Machel, por outro lado lhes cheirava a vitória final na luta em especial a partir de 1970.
Samora Machel e seus colaboradores, que logo ao início da criação da Frelimo, tinham sidos infiltrados clandestinamente através da mesma Organização PIDE/DGS e quando a luta armada começou, escolheram dois homens mais fortes do Partido que neutralizaram fisicamente, são eles o comandante chefe da Defesa e de Segurança da Frelimo Filipe Samuel Magaia e seu adjunto da Defesa Raul Casal Ribeiro. A seguir, o grupo de assassinos que já tinham o caminho aberto, decidiram exterminar outros camaradas enquanto que os outros eram expulsos e todos eles os principais lideres FUNDADORES da Frelimo, pelos quais em junho de 1962, tinham iniciado um brilhante e árduo trabalho de construir alicerces para edificar um Edifício novo, onde os Moçambicanos de todas às raças pudessem viver pacificamente. A luta armada já tinha começado em setembro de 1964 nas Províncias do Centro Norte, nomeadamente Cabo Delgado, Niassa, Zambézia e Tete, daí para diante o grupo de assassinos intensificou seu trabalho no seio do Partido, pois os quadros importantes da luta pela Independência, na sua maioria das Províncias de Manica e Sofala, Tete, Zambézia e Niassa, foram todos executados e alguns escorraçados, todavia esses companheiros poucos conseguiram escapar a fúria de Samora Machel, outros foram expulsos no seio do Partido e mesmo assim, a Frelimo de Samora Machel, não os perdoou, perseguiu-os até a morte no exterior ou no interior do País, pois alguns desses indivíduos estavam indiciados de serem os naturais do Centro de Moçambique e que queriam tentar continuar no seio do Partido sem consentimento de Machel e seu grupo ordenaram varrer sistematicamente e feitos mortos por envenenamentos, é o caso do General Francisco Manyanga, Josina Machel entre outros e sem razão em vista.
Quando Samora Machel subiu ao poleiro em 1970, começamos a verificar que algo de mal estava acontecer, os lugares de chefias que pertenciam aos camaradas expulsos ou afugentados no seio da Frelimo e por outro lado, porque tinham sido envenenados, esses Departamentos o Samora teve que distribuí-los por outras caras novas e de pessoas recém-chegadas no seio da Frelimo, onde a sua maioria vindas do Sul do rio Save e outros provenientes de África do Sul, onde alguns moçambicanos se encontravam a trabalhar nas minas e onde eram recrutados e quando chegavam em Nachingwea, também eram recebidos como heróis da luta que não sabiam como a mesma tinha começado a seguir eram todos reabilitados depois reconduzidos às lacunas para preencherem a estrutura do Partido e alguns eram nomeados membros permanentes do COMITÉ CENTRAL DO Partido FRELIMO, sem entendermos o porquê?
Enquanto isso, outros eram destacados chefes dos Departamentos e de secções para cuidarem de importantes armazéns ou serviços de segurança e logística para as frentes de guerra, onde desenrolavam às operações de pequenas e grandes envergaduras, nomeadamente em Cabo Delgado, Niassa, Tete, Manica e Sofala e até a Província da Zambézia.
Às antigas delegações da Frelimo no exterior também não se escaparam sofreram alterações, os antigos Representantes da Frelimo, muitos deles foram substituídos sem aviso prévio e outros acabaram por desaparecer sem deixarem qualquer rasto, foram substituídos por pessoas novas com exceção de Mariano Matsinhe de Francisco Langa que era da Defesa e desviou milhares de dólares que o conduziram ao suicídio pouco tempo da Independência de Moçambique em 1975, porém, todos os camaradas que vinham ao Sul do País, como atrás disse a sua maioria os naturais de Gaza, vinham das minas da África do Sul, o recrutamento dos combatentes da Frelimo, muitos foram recrutados entre trabalhadores das minas e nas fabricas naquele País ao Sul da áfrica e a sua maioria eram os naturais os da Província de Gaza Em 1975 (ano da Independência de Moçambique).
Por outro lado, Samora Machel, decidiu suspender todos bolseiros de estudantes Moçambicanos no exterior, em especial aos camaradas naturais de Manica e Sofala, Tete, Zambézia Niassa e Nampula, estes tinham sido enviados pela Frelimo, para se especializarem em alguns cursos nos Países da Europa, Asia, América do Norte Canadá etc., sobretudo para aqueles que não aceitavam serem lambe-botas de Samora Machel e continuaram com estudos naqueles Países, indivíduos provenientes do sul do rio Save, em especial os camaradas Estudantes e os naturais de Gaza, Lourenço Maques e poucos da Província de Inhambane, não sofreram alteração e lá continuaram até Independência, quando regressaram para servirem o País.
Os mancebos das Forças Populares de Libertação de Moçambique (FPLM), que surgiram massivamente na Frelimo na década de 70 (setenta), no caso de António Hama Thai e seus companheiros, todos provenientes do Sul, eram aproveitados de imediato pelo Samora e enviados para URSS, para fazerem estagio de pouca duração e regressar a Nachingwea, onde eram submetidos a um curso de curto espaço de tempo, depois eram enviados para o interior do País, em especial para a Província de Tete, onde iam substituir alguns comandantes do centro norte que não valorizavam e nem tinham simpatia por Samora Machel, e porque não pertenciam a etnia de Sulistas.
De referir que na Frelimo, existiram quadros do Centro Norte, que hoje alguns desses Generais e Coronéis são, estes são autênticos lambebotismo que forneciam falsas informações aos Ex-Presidentes Samora Moisés Machel e ao Joaquim Alberto Chissano que pertence aos serviços secretos (KGB), apenas esses quadros fazem aquele trabalho, para subir nas suas vidas e tenho alguns nomes desses Generais que passo a citar: por Tobias Dai, o falecido Bonifácio Gruveta Massamba, Joaquim Munhêpe, Eduardo Tomé Nihiya, José Aleixo e outros coronéis como José Ajápe e outros e que brevemente, vou denunciá-los
NB. Quanto aos confrontos na Província Norte em Cabo Delgado, limito-me dizer que a Frelimo tem algo escondido na manga e há um ditado Chinês, que diz uma faísca pode incendiar toda pradaria e a Frelimo tem experiência desta lição.
UNIDADE NACIONAL SOMOS NÓS QUE ATEMOS E A CRIAMOS QUE AS FORÇAS OPRESSORAS QUE VÃO TER DE SE SUJEITAR A ESTA REALIDADE QUER QUEIRAM OU NÃO.
FUNGULANI MASSO, lembrem-se bem, QUEM NÃO LUTA PERDE SEMPRE, A LUTA É CONTÍNUA.
Zeca Caliate, General Chingòndo um dos sobreviventes da teia do mal Frelimo!
Europa, 18 de Janeiro de 2018
(Recebido por email)
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