A ginasta revela que também foi vítima de Larry Nassar, que foi acusado por mais de uma centena de mulheres de ter cometido abusos sexuais. Outras três atletas olímpicas norte-americanas já tinham denunciado os abusos.
Simone Biles é a quarta atleta olímpica norte-americana a acusar o antigo médico da selecção de ginástica dos Estados Unidos, Larry Nassar, — que foi condenado a 60 anos de prisão por posse de pornografia infantil — de ter cometido abusos sexuais.
A ginasta de 20 anos, que se tornou num fenómeno do desporto norte-americano ao tornar-se na atleta mais medalhada de sempre dos EUA em mundiais, e ao ter conquistado quatro medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, fez a acusação numa publicação no Twitter: “A maioria de vocês conhece-me como uma rapariga feliz, sorridente e energética. Mas ultimamente… senti-me um pouco desfeita e por mais que tente calar a minha voz, na minha cabeça mais alto grita”, começa por escrever a atleta.
“Não tenho mais medo de contar a minha história. Eu também sou uma das muitas sobreviventes que foram abusadas sexualmente por Larry Nassar. Por favor acreditem em mim quando eu digo que foi muito mais difícil dizer estas palavras a viva voz do que é agora colocá-las em papel. Existem muitas razões para que estivesse relutante a partilhar a minha história, mas agora sei que a culpa não é minha”, diz ainda Biles.
Nassar, que foi o médico da selecção feminina de ginástica durante quase 20 anos, foi acusado por mais de uma centena de mulheres de abusos sexuais. Entre as denunciantes estão as atletas olímpicas Gabby Douglas, Aly Raisman e McKayla Maroney. Nassar foi condenado em Dezembro de 2017 a 60 anos de prisão por um tribunal do Michigan, por posse de pornografia infantil e enfrenta outro processo abuso sexual de menores no mesmo estado norte-americano.
Antigo médico da equipa de ginástica dos EUA condenado a 60 anos de prisão
Em causa está a posse de pornografia infantil
Larry Nassar, antigo médico da equipa de ginástica dos Estados Unidos acusado de ter molestado três medalhadas olímpicas, foi nesta quinta-feira condenado a 60 anos de prisão, por um tribunal do Michigan, por posse de pornografia infantil.
A informação, recolhida pela AFP, foi avançada pelo jornal local Lansing State Journal, que cita a juíza do tribunal de Grand Rapids. Janet Neff defendeu que ficou demonstrado que Nassar, de 54 anos, não pode estar em contacto com crianças, depois de terem sido encontradas mais de 37.000 imagens e vídeos de pornografia infantil no seu computador.
Esta é a primeira condenação do antigo médico da equipa de ginástica dos Estados Unidos, que ainda enfrenta outro processo por abuso sexual de menores no Michigan.
Em 22 de Novembro, Larry Nassar admitiu ter molestado várias raparigas enquanto trabalhava para a equipa de ginástica dos Estados Unidos e para a Universidade do Michigan.
O clínico foi formalmente acusado de molestar sete raparigas, a maioria das quais na clínica do campus universitário do Michigan e na sua área de residência, em Lansing.
Em audiência, no tribunal de Ingham, Nassar reconheceu ter "penetrado manualmente" as vítimas e assumiu que a sua conduta não tinha qualquer propósito médico, nem foi consentida pelas raparigas.
O Ministério Público pediu uma pena mínima de prisão de 25 anos, mas o juiz pode determinar que esta chegue aos 40.
Paralelamente, Nassar está a ser acusado de crimes similares em Eaton County, a localidade de um clube de ginástica de elite.
Gabby Douglas, Aly Raisman e a McKayla Maroney, três dos membros da equipa feminina de ginástica 'Fierce Five', reconheceram publicamente terem sido vítimas de Larry Nassar, que trabalhou quase duas décadas como médico da selecção de ginástica dos Estados Unidos até ser demitido em 2015.
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